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A cavadinha enterrou o gol de Celso

  • Foto do escritor: Leo Caetano
    Leo Caetano
  • 13 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Fonte da imagem: site UOL

  O ano era 2001 e eu, com 6 anos de idade, estava assistindo o Globo Esporte ao mesmo tempo que me arrumava para visitar meu tio bisavô Maninho com meu pai e minha mãe. Daí vi o replay dos gols do último triunfo do Bahia sobre o Coritiba e fiquei impressionado com o gol de pênalti cobrado por Celso. Até perguntei para meu pai: "Esse Celso, que bateu o pênalti, é o meu tio? E ele respondeu: "Só existe um Celso no mundo é? Deixe de conversa fiada e anda logo pra a gente não se atrasar!"

  Naquele sábado ensolarado aconteceria o jogo. A casa de tio Maninho ficava no bairro de Nazaré, perto da Fonte Nova e, chegando no Campo da Pólvora, havia uma multidão vestida de vermelho, azul e branco. Pela euforia da torcida era um jogo muito importante, provavelmente valendo a classificação para as fases finais do campeonato.

  Essa é uma das primeiras lembranças que tenho relacionadas ao futebol. Fiquei maravilhado com todo aquele clima, fazendo com que meu pai reclamasse comigo pedindo para que eu ficasse alerta. O resultado? Um empate. Voltamos para casa de táxi. Meu pai e o taxista comentavam a grande chance que o Bahia havia perdido e do vacilo que o time tinha dado.

  Já em 2020, assistindo um programa esportivo, novamente, vejo que o último triunfo do Bahia tinha sido com aquele gol de pênalti do Celso. Falando nele, Celso Gavião foi um zagueiro que jogou em clubes como Fortaleza, Ferroviário, Atlético PR e passou pelo Bahia em 1985.

  Ele, com certeza, não estava sozinho quando bateu aquela penalidade. Chutou tão forte que furou a rede. Acho que toda raiva dos péssimos resultados dos futuros jogos contra o Coxa estavam armazenadas nos pés dele para que o chute saísse com tanta potência. 2001 com esse empate, 2010 aquele gol no fim do jogo na série b, em 2014 naquele último jogo que decretou nosso rebaixamento... O Coritiba sempre foi uma pedra no sapato.

  No entanto, Rodriguinho tirou esse peso da gente, ironicamente, com um pênalti. Se o nosso querido Celso bateu com muita força e na base do ódio e ficamos três décadas e meia sem vencê-los, eu acho que a cavadinha de Rodriguinho tirando a força da bola, batendo na base da paz e do amor e com uma sutileza poucas vezes vista, mostra que daqui para frente os confrontos contra o time paranaense podem ter melhores resultados e, parafraseando, aleatoriamente, Eymael, um democrata Cristão: "Sinais, fortes sinais!"



Para quem quiser ver o incrível pênalti de Celso, está disponível neste link do incrível acervo de Albino Brandão.




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