A Metamorfose e o kafkianismo
- Leo Caetano
- 11 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de ago. de 2020

Uma vez, na aula de sociologia, lá no início da minha formação, um professor falou: "Não transformem isso em um drama Kafkiano, pessoal!" Olhei para um lado, olhei para o outro, fiquei de boa, mas pensei: Que diabos é um drama Kafkiano? Fiquei com isso na cabeça, mas logo eu esqueci.
Até que um belo dia, no ano passado, fui com a minha namorada e sócia de blog em Salvador para que ela fizesse uma prova de vestibular. Antes de voltar para casa, passamos no shopping e vimos um espaço vendendo livros por 10 reais. Olhei, futuquei e vi A Metamorfose de Franz Kafka. Kafkiano, Kafka... Huuumm, deve ser isso. Acabei fazendo a compra. Demorei um tempo para começar, mas quando peguei para ler, bastaram 3 dias para terminar. Tudo bem que é um livro curto, uma novela, mas é muito pesado.
O personagem Gregor Samsa acorda e vira um inseto gigante, sem saber o porquê ou quem fez isso com ele. Sua família não sabe o que fazer, por ser uma situação adversa e nunca antes vivida. Assim, Gregor é simplesmente é isolado em um quarto escuro para que fique distante dos demais. Porém, o mais agravante é o fato dele ser o responsável pela renda da família, composta pela sua mãe, seu pai e sua irmã.
Essa história é mais uma das escritas por Kafka, nascido na Répública Tcheca em 3 de julho de 1883. Escreveu, além d'A Metamorfose, livros famosos como O Castelo e O Processo, nos quais se caracterizam a melancolia, tristeza e problemas existenciais. Aí está a essência do termo drama kafkiano. Diz respeito a uma situação tão complicada e sem solução que parece até ser irreal. A trama é angustiante, tanto para o personagens, quanto para o leitor que espera uma resposta e uma solução que ela não vem.
Pra que tanta sofrência Kafka?
Ano: 1915
Editora: Principis
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