Qual é a sua linguagem do perdão?
- Jaíne Sangon
- 7 de fev. de 2021
- 3 min de leitura

Será que sabemos nos desculpar da maneira adequada? O livro "As 5 linguagens do perdão" do famoso e aclamado escritor Gary Chapman é capaz de nos ensinar. Desta vez, ele divide a escrita com Jennifer Thomas, que o auxilia a construir um livro potente, explicativo e necessário. Gary Chapman é conselheiro de relacionamentos e autor de outros livros que nos ajudam a entender as relações interpessoais, como exemplo o fenômeno "As 5 linguagens do amor".
No início da leitura, obtemos saberes sobre o que significa perdão e sua importância para os relacionamentos. Também podemos analisar a relação do perdão com a humanidade e com Deus (O livro traz muitas reflexões cristãs, mas elas não são empecilhos para quem não é religioso, como eu. Pelo contrário, as palavras religiosas apresentadas rendem conhecimentos interessantíssimos).
Quando a primeira linguagem começou a ser apresentada, surgiu a expectativa de saber qual seria a minha e quando a descobri foi muito gratificante. Em síntese, as linguagens são as formas que o indivíduo sente que o pedido de perdão é sincero e, desta maneira, possui a maior possibilidade de perdoar, assim como, possivelmente, essa linguagem será o jeito desse indivíduo pedir perdão.
No livro, Gary nos ensina que as 5 linguagens são: 1- demonstrar arrependimento, ou seja, sentir pelo ocorrido, 2- assumir e se responsabilizar pelo erro, 3- reparar os prejuízos, 4- se comprometer a mudar as atitudes, 5- pedir perdão pela situação provocada. Para exemplificar cada linguagem, são apresentados inúmeros casais ou familiares que Gary conhece. Os exemplos são essenciais para compor o livro, pois detalham as linguagens, tornando-as reais e, de bônus, nos dão esperança na vida, já que na maioria dos casos ocorre reconciliação entre as partes envolvidas quando o perdão é pedido.
Com a leitura, podemos aprender algumas questões importantes, por exemplo:
Dizer que sente muito é diferente de pedir perdão. Dizer que se arrepende apenas para deixar o assunto para trás é diferente de demonstrar arrependimento sincero. E perdão é diferente de reconciliação.
Ao aprofundar as 5 linguagens, o livro ensina sobre os relacionamentos familiares, sobre como lidar com as tensões, como agir quando pedimos perdão e não somos perdoados, como proceder quando quem nos prejudica não nos pede perdão, e sobre a importância de nos perdoarmos após pedirmos perdão a quem ofendemos. Em vários pontos do livro, sobretudo na parte do autoperdão, me lembrei do Ho'oponopono (Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato), pois percebi, mais uma vez, a necessidade de pedirmos perdão e de nos perdoarmos para mantermos equilíbrio na vida.
Eu sou suspeita para dizer que me identifiquei com a leitura e que aprendi bastante. Mas para pessoas mais "estouradas", que não perdoam nada, ou que não pedem perdão, considero o livro mais que essencial e desejo que ela seja capaz de fazer essas pessoas repensarem e se livrarem da má água (mágoa) que situações não perdoadas geram.
Vale lembrar que perdoar não significa reconciliar e retomar a confiança, no entanto é a principal porta para isso.
No final do livro, ganhamos uma listinha de situações para que possamos nos exercitar e descobrir qual é a nossa linguagem do perdão. Eu fiz o teste e já sei a minha. Leia o livro e descubra a sua você também.
O livro possui 200 páginas e a editora no Brasil é a Mundo Cristão.
[O espaçamento inicial dos parágrafos é prejudicado pela própria plataforma Wix]
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